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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

De "comer, rezar, amar"; Gilbert, Elizabeth

"[...] quando você sente um tênue potencial de felicidade depois de épocas tão sombrias, precisa agarrar essa felicidade com todas as suas forças, e não soltá-la até ela arrastar você para fora da lama _ não se trata de egoísmo, mas sim de libertação. Você recebeu a vida; é seu dever (e também seu direito como ser humano) encontrar alguma coisa de belo nessa vida, por mais ínfima que seja."

sábado, 17 de dezembro de 2011


Só quando o oposto te sufocar e você sentir falta você vai desejar ser leve e livre como algum dia, ou como nunca nem ao menos tentou ser. Ou talvez você tenha até tentado, mas só então terá se tornado forte, porque só então terá entendido.

sábado, 5 de novembro de 2011

"...Ela me era tão necessária quanto a comida ou a água."

sábado, 22 de outubro de 2011

"Felicidade?
Disse o mais tolo: "Felicidade não existe."
O intelectual: "Não no sentido lato."
O empresário: "Desde que haja lucro."
O operário: "Sem emprego, nem pensar!"
... O cientista: "Ainda será descoberta."
[...]
O poeta riu de todos,
E por alguns minutos...
Foi feliz!"

sábado, 15 de outubro de 2011


Tentando sobreviver em meio a essa inconstância de mim mesma
que me arrasta para um lado,
que eu fujo em alguns segundos,
que me ensina o que é arrepender-se,
que me impede de me compreender,
que me impede de não machucar.
Pare de me sufocar.
Pare.
Parecia tão claro
Mas só parecia
Ou ainda pareceria se...
Eu não sei o resto da frase
Rasgaram o meu mapa, apagaram todas as placas e eu choro perdida aqui.

sábado, 17 de setembro de 2011

É estranha e chata a chuva daqueles dias em que nada da certo,
mas me intriga ver o céu chorar comigo.


sábado, 10 de setembro de 2011

"...não há nada como um lar"

“Percebe e entende que os melhores amigos são aqueles que estão em casa esperando por ti...”






terça-feira, 6 de setembro de 2011

A luz, a cor, o motivo do sorriso. O momento em que se acha o perdido.
O brilho nos olhos por um novo amor, a canção que viciou, o momento em que afinou.
Presente nas tardes de gargalhadas, era a própria tarde de gargalhadas. O barulho da manhã, a sensação de sábado. A percepção de que ainda não chegou a hora de acordar, o calendário que diz que serão três dias sem trabalho, o convite inesperado de um amigo. A paz infinita de observar o mar, a ansiedade em saber o que acontece nas próximas páginas, o banho gelado no verão. O dia em que o ônibus veio rápido e você chegou no horário, o dia em que chegou atrasada, mas nem ligou porque estava com os amigos, a hora do almoço, a hora de ir embora.
Mas não deixe ir embora, não, não deixe. Eu quero a luz, eu quero a cor, eu quero sorrir. Não quero mais perder, não quero mais olhos sem brilho, não posso viver sem minha canção, não posso perder essa afinação. Não sei mais o que são tardes sem gargalhadas, não sei mais o que não são dias bonitos. Não quero mais perder simples momentos de felicidade. Não posso deixar ir.

M.R.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vilarejo

 

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão

Terra de heróis, lares de mãe
Paraíso se mudou para lá
Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for
Composição: Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes

domingo, 4 de setembro de 2011

Fugindo dessa impressão que traz repulsa ao pensar que pode ser verdade. Um sonho, um pensamento, uma observação, uma lâmpada que se acende na cabeça, mas que não tem o poder de clarear. Não acho que seja mais uma lâmpada, mas apenas um ponto de interrogação. Estou a correr de mim mesmo? Tentando enganar a mim e aos outros sobre quem é quem aqui? Seja o que és. Mas se tento me modelar, este não sou eu? Sinto que às vezes escorrego para longe de mim. É incrível como não percebo, como lembro que disse que não seria assim. Mas quando a luz passa por aqui só observo fiapos que me prendem àquilo que eu deveria ser. Eu vivo de tentativas visando o horizonte, e sei que quanto mais eu correr mais ficará distante. Mas enquanto o tempo passa, as tentativas ganham valores e se tornam algo concreto. E eu já não posso dizer que ainda sou aquilo que era. Às vezes é como se existissem duas partes, dois mundos, duas faces. Duas pistas, e caminhar pelo meio não me parece tão errado. Razão que me governa, emoção que me domina. Dizem que tudo demais faz mal. Por isso que digo que estou certo em pensar que meu lugar é aqui. Porque sou o que quero ser, no tempo que preciso, num tempo que divido. E se não for por aí uma hora eu vou saber. Mas posso continuar a correr, nesta mesma direção, neste mesmo sentido. Porque eu sei que existe algo precioso que colabora para que as coisas se ajeitem, ainda que seja no final. Mas até a parte que chamas de final, muita coisa bonita e alegre, muita coisa que te faz pensar “valeu a pena”, irá ter passado por mim. Já que mesmo só até agora são incontáveis, indescritíveis, irreversíveis, inigualáveis, inabaláveis... E são minhas, que bom.

M.Rosa

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O que mudou

Era apenas uma criança que como outra qualquer não ligava para o que estavam a pensar de ti.
Era apenas você. Você sem ter caminhado tanto. Você sem suas histórias, e tudo o que passou por ti:
Seus celulares, suas mochilas, suas bonecas, seu cabelo cortado, seus dentes caídos, as músicas que ouviu e hoje sente até vergonha por isso, sonhos que mudaram de direção, devaneios, ilusões (...). É interessante relembrar fatos passados. Sente-se meio que... velho, por ter histórias para contar? Ou sente-se realmente feliz por ter vivido tanta coisa e ainda ter chance de mudar, arriscar, continuar? É bonito não é? E é simples. É sim senhor. Eu sei que tens muita coisa pra fazer; Eu sei que tens um plano traçado e que é necessário muito esforço, porque você não pode deixar-se fracassar. Eu não vou ficar aqui falando que o tempo voa, nem soltando frases carpe diem. É que... é tudo bonito, mas às vezes a gente esquece de olhar. E os laços que fizemos por aqui? Não sente orgulho de suas amizades? Não as tem como tesouros valiosos que não podes largar? Eu amo tudo isso. Você também. Talvez você tenha esquecido. Talvez você tenha acostumado. Talvez você só consiga enxergar um lado que te oprime. Talvez você esteja com medo de  abrir os olhos. E assim segue “as cegas” pra onde te levam, e como te moldam. Eras apenas você. E agora, o que és?

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Estranha mania

"Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida..."

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

"Oh I'm a lucky man...

to count on both hands the ones I love
Some folks just have one,
yeah, others, they've got no one..."                                                [Just Breathe ¯]



terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mal feitos

Efeitos, defeitos, mal feitos. Ou bem feitos. Depende do seu ponto de vista, ou do seu ponto de partida. Efeitos que enfeitam e enfatizam o mal feito. Bem feito! Quem mandou errar? Cruéis que incansavelmente não param de gritar. Tropeços em pedras que qualquer um poderia não enxergar. Inspira e expira, sobe e desce, amanhece e anoitece. E quando escurece, prefiro fechar meus olhos e aceitar. Porque não há bem que possa ser alcançado sufocando uma natureza que insiste em liderar.

sábado, 9 de julho de 2011

Características


Igual. Mas não todo igual, uns detalhes que não podiam faltar.
Uma peça de um todo que não dá para explicar.
Caminhando por uma rua de objetos simétricos, cortados e multiplicados.
 Se inspira e emociona, não tem por que avaliar. Faz bem e pronto. Faz parte de você. Se não te conforta não tem por que aceitar. Se for bem diferente, não tem por que remodelar. Se te conforta e basta, é só tampar. E se não, é hora de fluir, é hora de vazar. E vais pensar que tens razão. Se for ignorá-los, melhor. E vão pensar que têm razão. Se for ignorá-los, melhor. Eu não posso dizer, por que eu acho que eu tenho razão. E quando eu consigo ignorá-los, melhor.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

"Os seres humanos me assombram"

"Humanos estão constantemente desesperados por se sentirem normal, por se encaixarem. Para se misturar com os outros ao redor, como mais uma ovelha sem graça no rebanho."

Por isso muitas vezes fazem questão de apontar os defeitos alheios. Assim se sentem mais normais, já que o defeito está no outro e não em si.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Assim seguirei

A diferença é que sou realmente forte agora.
Sou incansavelmente forte.
Porque enquanto o fracasso ousa gritar meu nome naqueles dias escuros e chuvosos, eu tenho o desplante de tapar os ouvidos.
Porque eu ouso ficar de pé.
Eu ouso.
Eu ouso sorrir para aqueles que riem de mim. Porque eu ouso amar.
Sim, eu ainda choro. Mas a diferença é que a felicidade agora faz parte de mim e já não tenho como perdê-la de vista.

Tola escuridão

Chegou, abriu a porta, entrou no escuro e neste permaneceu.
Sabia que se arrependeria de tudo logo, como sempre antes acontecia.
Sabia que seria horrível levantar no dia seguinte.
Mas ainda assim permaneceu.
Queria dissolver-se naquela escuridão, ser parte desta. Porque não encontrava uma fórmula mais eficaz de calar a mágoa que sentia. Porque os pensamentos não a deixavam em paz.
"Tola menina." Lembrou de como sua mãe falava..."Sai soltando as palavras por aí sem se lembrar que não se pode catá-las depois." "Tola menina...Acredita tão fácil nas pessoas. Parabéns por ter aprendido que não se deve mentir, mas nem todos aprenderam." Tola menina...Não precisa ter medo do escuro."
Sorriu enquanto lembrava da voz suave de sua mãe proferindo estas palavras. E percebeu que durante tanto tempo só o que aprendeu foi a não ter medo do escuro...

domingo, 3 de abril de 2011

Relações sociais

Não abandones um velho amigo,
    pois o novo não o valerá.
Vinho novo, amigo novo;
    é quando envelhece que o beberás com gosto.

Eclo 9, 14-15

quinta-feira, 31 de março de 2011

De Anjos Caídos, Åsa Schwarz

" Uma vida não podia ser substituída por outra. Por outro lado, um papel de parede com tinta spray é possível de se lavar, e uma central telefônica é possível de se consertar. Objetos e pessoas não podem ser comparados. A vida é insubstituível, já as coisas podem ser trocadas. 'Um homem não merece morrer por causa de suas opiniões', pensou Nova. Um homem nunca merece morrer."

sexta-feira, 25 de março de 2011

Medo

"Um não, às vezes um "não sei"
Janela, madrugada, luz tardia
E o medo nos acorda
Para e bate o coração
Em pura disritmia
O medo amedronta o medo
Vela, madrugada, dia..."

 
O choro que quer sair.
Soluços presos, grito engasgado.
Só lágrimas a escorrer pela face. Mas que não são nada com parado as que buscam liberdade.
Não, não se pode e não se quer acordar e preocupar.
É como quando se tem vontade de espirrar ou de bocejar, mas não consegue, ou prende.
Sente um pano encharcado dentro de si pedindo para ser torcido, para transbordar a água que já não suporta.
E de tanto relutar parece que este encontrou espaço na cabeça para se descarregar. E esta dói, como nunca antes.
E dessa vez não foi chocolate, foi água. Que irônico colocar mais água para dentro! Água enquanto fitava a chuva pela janela. E foi acalmando, passando...

“__ Durma medo meu”.


Os seus olhos brilhavam deixando claro a sua felicidade.
O sol também brilhava e o dia também era claro. E dentro dela era só dia.
Na noite anterior havia chovido como há muito não se via. Na noite anterior o barulho dos trovões escondia os soluços que ela não conseguia prender.
E assim a noite lhe fazia companhia.
Caía água dos seus olhos, caía água do céu.
Caiu no sono, o pranto diminuiu até cessar.
Cessou a chuva e também as lágrimas.
Ela era como o tempo e o tempo fazia companhia a ela.
Depois da tempestade veio a calmaria. Depois do inverno que havia em seu coração, veio o sol brilhando, um pouco depois da meia noite.
Tudo sabia que ela merecia ser feliz.
E agora o sol brilha e os seus olhos brilham de felicidade.
Sua risada é acompanhada pelo canto dos pássaros.
Os guarda-chuvas estão fechados, o tempo está aberto como o seu coração.
Aberto para tudo que a cerca e faz parte do seu mundo.
Para tudo que ela quer, porque possível, só simplesmente tudo.

“__ Medo, escorre entre os meus dedos
Entre os meus dedos
Eu lambo os dedos
E saboreio meu próprio medo”.

segunda-feira, 14 de março de 2011

É a vida

É verdade que extremos não são legais.
É sabido que tudo em excesso faz mal.
Por isso
“Quando você ficar triste que seja por um dia, e não o ano inteiro. E que você descubra que rir é bom, mas que rir de tudo é desespero.”
Quem nunca desejou férias intermináveis depois de muito trabalho ou estudo? Mas desses, quem nunca desejou voltar à rotina por ter sentido algo lá pelo tédio?
E assim a vida segue com momentos extremamente diferentes se intercalando.
Sorrisos depois de uma enxurrada de lágrimas, preocupações depois de um longo momento de paz...
E “opostos que se intercalam para sempre coexistirão. Geralmente a dor que nos ensina que o momento bom não é em vão”.
E cabe a nós aproveitar cada momento, porque é verdade que a vida é curta, e não importa quantos anos você tenha, você não sabe quanto tempo você tem pela frente.
E aproveitar porque viver é magnífico. E se você não acha, se não, não é magnífico, já está na hora de fazer com que seja.
E vale lembrar que cada parte e detalhes fazem o todo ser tudo.

sábado, 12 de março de 2011

De "Crepúsculo", Stephenie Meyer

“Mas esse sempre foi o meu jeito. Tomar decisões era a parte dolorosa para mim, a parte que me angustiava. Mas depois que a decisão era tomada, eu simplesmente a seguia __ em geral com alívio por ter decidido o que fazer. Às vezes o alívio era tingido de desespero, como minha resolução de vir para Forks. Mas ainda era melhor do que lutar com as alternativas.”

quinta-feira, 10 de março de 2011

Motivo


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada


Cecília Meireles

sexta-feira, 4 de março de 2011

Covarde, insano e paradoxal

Escute. É importante.
Se eu te ignoro não é porque eu sou má, ou porque realmente não me dê conta de sua presença, de sua existência. É só que eu fico sem jeito de te encarar, não vou saber o que falar, e vais me achar estranha. Eu sei, eu sei que é idiotice. Que já estou fazendo tudo ao contrário. Mas deixe-me ir aos poucos, costuma funcionar.
Não, isso não é um ensaio para o que eu vou te dizer. Ainda não percebeu que eu sou covarde? Você acha que todas essas palavras aqui seriam proferidas por mim? Para você?
Não, você também não vai ler isto. Você realmente acha que eu explicaria tudo isto para mais alguém além de mim? Não é impaciência ou egoísmo. É só que eu não acho que alguém que quase nunca falou comigo mereça explicações. Você que as buscasse por conta própria. Mas que droga! Quem você pensa que é?
Pronto. Parabéns! Conseguiu me irritar! Agora saiba que todas as vezes que eu te ignorar é porque eu não quero me irritar, é de propósito, porque eu sei, eu sei que não conseguirei suportar. Porque tem certas coisas que machucam, e aí é melhor a gente manter distância.

Maíta

quinta-feira, 3 de março de 2011

Violões que choram

Ah! Plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos.
Bocas murmurejantes de lamento.

Noites além, remotas, que eu recordo.
Noites da solidão, noites remotas
Que nos azuis da fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.

Sutis palpitações à luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.

Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem [...]

Cruz e Sousa

terça-feira, 1 de março de 2011

Escolha o que você quer que lhe suba a cabeça!

"Vive tão disperso, olha pros lados demais
Não vê que o futuro é você quem faz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça

Atribui ao outro a culpa por não ter mais
Declara as uvas verdes, mas não fica em paz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça..."


Anda. Agora. Levanta " leva a anta!". Isso! Isso mesmo, sorria. Deixe-se levar nessa gargalhada. Respire fundo. Se encare no espelho. Grite. Isso, no susto se faça acordar. Viu? Você está vivo aí. Vá percebendo os detalhes, olhe pela janela. coloque aquela velha música que tem o poder de te deixar feliz. Sonhe, sonhe. Deixe-se embalar no rítimo da música. E quando a música terminar, deixe seus pensamentos se acertarem. E aí vá. Porque sonhos não são brincadeiras de imaginar!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tudo

E todos os seus atos incrédulos, míseros e histéricos foram deixados para trás. Embolados, pisoteados, arremessados de um precipício sem volta e sem fim.
E todas as suas palavras insanas, profanas e cruéis levaram um tiro. Um tiro que calou de uma só vez, deixando um eco para mais tarde ser lembrado.
E todo o ciúme doentio, apaixonado e fictício foi substituído. Substituído pela razão que por um pequeno orifício permitido, fatídico, esquecido tomou o seu lugar.
E tudo aquilo que prendia, que omitia, que sufocava foi implodido, para só então ser explodido, para que tudo tomasse o seu lugar.
Para que tudo pudesse se libertar.
Para que...  Para que tudo pudesse...
Para que tudo... Para que tudo...
Para que tudo?
Deixe estar...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

De "1808", Laurentino Gomes

"O começo do século XIX foi um tempo de pesadelos e sobressaltos para reis e rainhas. Dois deles enlouqueceram. Na Inglaterra, o rei George III era visto de camisolas nos corredores do palácio, com a cabeça envolvida numa fronha e um travesseiro nos braços enrolado na forma de um bebê recém nascido, que afirmava ser um príncipe chamado Octavius. [...]
Os sessenta anos em que George III reinou na Inglaterra foram entrecortados por surtos psicóticos. Num deles, passou 72 horas acordado, sessenta das quais falou sem parar. Em outra ocasião, reuniu a corte para anuncia ter concebido uma nova doutrina da trindade divina, composta segundo ele por Deus, seu médico particular e a condessa de Penbroke, dama de honra de sua mulher, a rainha Charlotte. "Nosso rei está louco", declarou o médico Richard Warren em 1788. Nos estágios finais de sua doença, George III foi entregue aos cuidados do médico e padre Francis Willis, que o submeteu a um tratamentode choque com o uso da camisa de força e uma cadeira para imobilizá-lo nos seus acessos de loucura."

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Trust

Deus te conhece e sabe o que vai te fazer bem
Se não entendes, deixa Deus cuidar da tua história
De que adianta planejar toda a tua vida agora
Pra cada passo existe um tempo, existe uma hora

Deus te vê,
Não é indiferente a tua dor.
Deus te entende
Quer te envolver de amor.
Ele quer te fazer feliz,
Tem muitos planos e sonhos pra ti,
Basta confiar,
Saber esperar e Ele agirá!

Would I believe you when you would say
Your hand will guide my every way?
Will I receive the words You say
Every moment of every day?


Espera no Senhor e tem coragem
O importante é caminhar



Well, I will walk by faith
Even when I can not see
Well, because this broken road
Prepares Your will  for me                                                      


Sempre Caminhar-Eliana Ribeiro [Composição: Diego Fernandes]
Deus te vê-Eliana Ribeiro [Composição: Diego Fernandes]
Walk by faith-Jeremy Camp

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pretérito mais-que-IMperfeito / VIVA!

Espaço


Um passo. Outro passo. 
Espalhados,  Espaçados.
Buscavam um espaço.
Como outros tantos.
Não, não espalhados.
Juntos, misturados, partes de um todo.
Um todo embolado. Onde partes não querem ser do todo.
Lutam por um espaço.
Dão um passo.
Campo minado.
Ex-buscadores de espaço. Ou não.
Outro passo.
Vê, e passa. Vê, e passa.
Passa.
Outro passo, até o espaço.
Até que o passo passou, é passado.
Passado embaçado.
Não olhou pro lado, não aproveitou o passo.
Não percebeu que transformou o espaço num ex-passo.
E o ex-passo não é tão iluminado como o espaço que se imaginava, que se buscava.
Num ex-passo não temos mais por onde passar e passear.
Logo, permanecemos num ex-passo, um ex-passo que logo passa
e junto com você virará passado, passado-mais-que-imperfeito.


Maíta

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Xanéu nº 5

A minha tv não se conteve
Atrevida passou a ter vida
Olhando pra mim.

Assistindo a todos os meus segredos,
minhas parcerias, dúvidas, medos,
Minha tv não obedece.

Não quer mais passar novela, sonha um dia em ser janela e não quer mais ficar no ar. Não quer papo com a antena nem saber se vale a pena ver de novo tudo que já vi.
Vi.
A minha TV não se esquece nem do preço nem da prece que faço pra mesma funcionar. Me disse que se rende a internet em suma não se submete a nada pra me informar.
Não quis mais saber de festa não pensou em ser honesta funcionando quando precisei. A notícia que esperava consegui na madrugada num site, flick, blog, fotolog que acessei.
A minha TV tá louca, me mandou calar a boca e não tirar a bunda do sofá. Mas eu sou facinho de marré-de-sí, se a maré subir eu vou me levantar. Não quero saber se é a cabo nem se minha assinatura vai mudar tudo que aprendi,
triste o fim do seriado, um bocado magoado sem saber o que será de mim.
Ela não SAP quem eu sou,
Ela não fala a minha língua.
(She doesn't speak my tongue)

Não.
"Pô tô cansado de toda essa merda que eles mostram na televisão todo dia mano, não aguento mais, é foda!"


Enquanto pessoas perguntam por que, outras pessoas perguntam por que não?
Até porque não acredito no que é dito, no que é visto.
Acesso é poder e o poder é a informação. Qualquer palavra satisfaz. A garota, o rapaz e a paz quem traz, tanto faz. O valor é temporário, o amor imaginário e a festa é um perjúrio. Um minuto de silêncio é um minuto reservado de murmúrio, de anestesia. O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia, com a narrativa. A vida ingrata de quem acha que é notícia, de quem acha que é momento, na tua tela querem ensinar a fazer comida uma nação que não tem ovo na panela que não tem gesto, quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto.
Falou e disse...
Num passado remoto perdi meu controle...
Num passado remoto perdi meu controle...

Num passado remoto...
Era vida em preto e branco, quase nunca colorida reprisando coisas que não fiz, finalmente se acabando feito longa, feito curta que termina com final feliz..
Ela não SAP quem eu sou,
Ela não fala a minha língua.

Ela não SAP quem eu sou,
(Sabe nada...)
Ela não fala a minha língua.

Ela não SAP quem eu sou,
Ela não fala a minha língua.
(Quem te viu, pay-per-view.)

Ela não SAP quem eu sou,
Ela não fala a minha língua.

Eu não sei se pay-per-view ou se quem viu tudo fui eu.
A minha tv tá louca.


 

O Teatro Mágico

Composição: Fernando Anitelli

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

De "Harry Potter E O CÁLICE DE FOGO", J. K. Rowling

Se você quer saber como um homem é veja como ele trata os inferiores, e não os seus iguais.


Por Sirius Black ^^

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Venha ver da minha janela

Sem horas e sem dores
Corações sofreriam menos danos.
Além disso, viveríamos em um mundo mais pacífico.
Bastaria procurar entender, se colocar no lugar do outro.
Inúmeros foram os atos involuntários realizados, ou não realizados, que outros julgaram de forma errada.


"Foi buscando acertar que às vezes eu errei, mas quem pode acusar sem tentar compreender?" (Minha triste imperfeição-Rosa de Saron)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Amigos

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que
permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que
tivessem morrido todos os meus amores,
mas
enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ... 
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. 
Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso
lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
 
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabemque estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. 
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.
 

E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não
tem noção de como me são necessários,
de como são
indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles
fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.Se todos eles morrerem, eu desabo!Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda
furiosa da vida
não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo
comigo, todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só
desconfiam - ou talvez nunca vão saber -
que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
Vinicius de Moraes

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Eu posso ser, ou posso ser o oposto, ou os dois. Uma bolsa pode revelar, ou não.

Normal eu sei que eu não sou. Ou talvez eu seja para mim, já que só existe um de cada um de nós.
Disseram que as mulheres gostam de se enfeitar, e que os homens gostam disso. Observaram que a cada semana ela está com as unhas diferentes. Aah! Foi ela que disse que não tocaria violão porque as unhas estavam grandes. Eu cortaria. Eu não estou com as unhas grandes e nem diferentes a cada semana, eu não ligo para isto. Eu ligo para tocar violão.
Ainda observaram que as bolsas são legais. E mais, disseram que elas revelam a personalidade da pessoa. Pois bem, encontraram meninas felizes, loucas, e coloridas. Bem, a minha era preta. Ah, houve quem não acreditasse nessa teoria das bolsas reveladoras de personalidade. Então disse:
 __ Ah ta. Então, o que a dela diz?
E responderam: __ Que ela é séria.
Eu não sei se eu sou séria. Bem, depende do momento. Na realidade eu posso ser bem o oposto do sério. Mas a verdade verdadeira é que minha bolsa é dupla-face. Talvez eu não seja séria, e sim prática. Ou quem sabe os dois? E ainda mais um pouco, já que a outra face da bolsa é lilás estampada com flores. Talvez essa teoria das bolsas reveladoras de personalidade seja realmente um fato. Talvez eu seja exatamente como minha bolsa: você me vê séria e contida, mas na verdade dentro de mim há cor e estampa. Ou pode depender do momento: você pode me ver séria e contida ou o oposto disso, como a outra face da bolsa.
Talvez isso tudo seja uma grande baboseira. Digo isto porque a verdade mais que verdadeira é que há muito tempo que eu só uso o lado preto da bolsa a mostra. E não é porque eu esteja vivendo uma fase séria e contida, tampouco obscura, mas por preguiça mesmo.
Olha, eu não resolvi escrever pra criticar ninguém, muito menos pra me autocriticar, ou dar uma de incompreendida. Eu só achei a teoria das bolsas reveladoras de personalidade curiosa, e quis escrever sobre isso. Mas acontece é que eu acabo de constatar que eu sou uma tremenda preguiçosa. É, eu não estou com unhas diferentes a cada semana. Mas às vezes eu pinto as unhas, não é algo tão raro. O que explica eu não pintar sempre é realmente a preguiça. Aah! Talvez preguiça por achar desnecessário. E posso dizer o mesmo para a bolsa. Eu posso ser bem o oposto de preguiçosa _ é só eu querer, achar necessário. E eu também posso ser bem o contrário de desleixada, caso você tenha pensado nisto ou algo por aí.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tic-tac

O tempo voou, nem percebi.
Mas sou o mesmo homem que
um dia você conheceu.


É claro que somos as mesmas pessoas
Mas pare e perceba como o seu dia-a-dia mudou
Mudaram os horários, hábitos, lugares
Inclusive as pessoas ao redor


E quando olhei no espelho
Eu vi meu rosto e já não reconheci
E então vi minha história
Tão clara em cada marca que 'tava' ali.


O espelho me diz que envelheci.
E que mal pode existir
em ter histórias pra contar
dos amigos que aqui fiz?


Se o tempo hoje vai depressa
Não 'tá' em minhas mãos
Cada minuto me interessa
Me resolvendo ou não.
Quero uma fermata que possa fazer
Agora o tempo me obedecer

Não se pode deter o tempo.
Não se pode captar a luz.
Tudo o que a gente pode fazer é virar o rosto pra cima
e deixar a chuva cair.
                                                                                                                   




Rara calma - Rosa de Saron 
Anacrônico - Pitty
Temporal - Pitty
O gardião de memórias - Kim Edwards
                                                            
               
                                                           
                                                                                     

sábado, 22 de janeiro de 2011

"No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim." ______LET IT BE

Serão sorrisos? Serão lágrimas? O que será? O que virá?
Sentirei medo? Terei coragem? Eu?
O que serei capaz de enfrentar? E porquê?
Eu? Eu que tenho medo de altura e medo de cachorro?
Eu sou forte? Quanto eu posso aguentar?
Serei feliz? Sempre feliz? Farei o certo?
Fracassarei?
Eu não sei!!
Mas é inevitável pensar no futuro...
Planos e sonhos na cabeça, mesmo enquanto uns teimam em pensar no fim do mundo.
Não adianta apenas sonhar.
Eu tenho um presente chamado presente no qual eu existo e é preciso vivenciar.
Sonhar faz bem. Sonhar não faz mal a ninguém.
Sonho. E não tenho motivos para deixar de sonhar.


M.Rosa

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

De "A menina que roubava livros", Markus Zusak





"DIÁRIO DA MORTE : 1942

Foi um ano para ficar na história, como 79 ou 1346, para citar apenas alguns. Esqueça a foice, diabos, eu precisava era de uma vassoura ou rodo. E precisava de umas férias.

. UMA VERDADEZINHA .
Eu não carrego gadanha nem foice.
Só uso um manto preto com capuz quando faz frio.
E não tenho aquelas feições de caveira que vocês
parecem gostar de me atribuir à distância.
Quer saber a minha verdadeira aparência?
Eu ajudo. Procure um espelho enquanto eu continuo."

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

"Por que a gente é desse jeito criando conceito pra tudo que restou?"

"(...)
Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!Céu azul é o telhado do mundo inteiro,Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro.



(...)
Velhinhos são crianças nascidas faz tempo!Com água e farinha eu colo figurinha e foto em documento!
Escola é onde a gente aprende palavrão...
Tambor no meu peito faz o batuque do meu coração!

(...)
Mas eu não sei na verdade quem eu sou,
Já tentei calcular o meu valor,
Mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou...
Eu não sei na verdade quem eu sou."










(Eu não sei na verdade quem eu sou - Fernando Anitelli)


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Um conselho

Eu domino você. É fácil te segurar, te amedrontar, te roubar as palavras ou embolá-las em sua cabeça. É divertido. Sim, eu sou cruel. O que eu posso fazer? Eu sou assim. Não é assim que você diz em relação a você? Só por que não é capaz de me derrotar. Só porque você já tentou e não conseguiu. Mas eu não sou cruel a ponto de não te dar um conselho. Sim, eu vou te dar um conselho: Continua tentando. Eu gosto dessa brincadeira. Você já venceu algumas batalhas, mas a guerra sempre foi minha. Quem sabe um dia não chega a sua vez? Bem, se chegar eu direi adeus e partirei. Eu sou o que sou, mas não seria tão injusta assim. Eu te deixaria em paz. Mas por enquanto só posso dizer até mais.

                                                                               Ass.: Timidez

M.Rosa

domingo, 9 de janeiro de 2011

De "A hospedeira", Stephenie Meyer

“... Talvez nenhum de nós seja tão raro quanto pensamos.
-É mesmo? - disse ele. –Bem, talvez haja alguma esperança para este planeta afinal.
-É um mundo estranho - murmurei, mais pra mim mesma do que para a outra alma aculturada.
-O mais estranho de todos  – concordou ele.”

sábado, 8 de janeiro de 2011

Segredo!

"Hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria..." (Telegrama- Zeca Baleiro)


Bom dia senhoras e senhores! Ou boa noite...Ou seja la quais forem a hora e a cor.
Venho lhes confessar uma coisa:
Geralmente eu não sou como estou.
Hoje eu sinto tudo mais leve
Vejo tudo mais bonito
Parece tudo mais engraçado
Hoje qualquer melodia pode me embalar em passos enlouquecidos
Hoje qualquer piada pode me fazer chorar de rir
Hoje eu posso ser o palhaço
Gosteria que em todos os dias eu me sentisse assim












E você?


"Camarada, viva a vida mais leve
Não deixe que ela escorregue
Que te cause mais dor
            ...
Viva a tua maneira
Não perca a estribeira
Saiba do teu valor
E amanheça brilhando mais forte
Que a estrela do norte
Que a noite entregou" (Camarada d'água- O Teatro Mágico)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Inspiração: Quando eu estiver cantando + ExPiração.

Composição: Cazuza / João Rebouças

Tem gente que recebe Deus quando canta
Tem gente que canta procurando Deus
Eu sou assim com a minha voz desafinada
Peço a Deus que me perdoe no camarim
Eu sou assim
Canto pra me mostrar
De besta
Ah, de besta
Quando eu estiver cantando
Não se aproxime
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Quando eu estiver cantando
Não cante comigo
Porque eu só canto só
E o meu canto é a minha solidão
É a minha salvação
Porque o meu canto redime o meu lado mau
Porque o meu canto é pra quem me ama
Me ama, me ama
Quando eu estiver cantando
Não se aproxime
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Quando eu estiver cantando
Não cante comigo
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Porque o meu canto é a minha solidão
É a minha salvação
Porque o meu canto é o que me mantém vivo
E o que me mantém vivo

Ela gostava de cantar. Ele gostava dela.
Ela gostava de cantar, de cantar para ela.
Ele gostava da voz dela.
Ela também cantava para os que amava. Como poderia não o fazer?
Mas ele não entendia por que ela gostava de cantar para ela:
"- É estranho. É loucura. Muitos nem cantam como você e vivem disso."
"- Eu gosto de cantar. Não gostaria de viver como eles vivem. Não conseguiria cantar para muita gente.
Eu gosto de cantar, mas eu não suportaria passar muitos dias longe desse vilarejo, das pessoas que amo.





"- Que arrogante tolo eu sou. Como pude questionar tudo isso. Se você não pensasses assim, ou se seguisses meus conselhos, você não seria você. E eu não teria a qem amar. Estaria só.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Teimosia

(...)

Não deixe que tentem te parar
Seus pés vão longe sem se cansar

Podem achar algo, mas você pode ser mais
Foi você que sempre lutou e correu atrás.

Seus sonhos não são brincadeiras de imaginar,
Seus sonhos são planos a realizar.

Mas fique atento, vão tentar te parar.
Criança teimosa não vai deixar.

E se ela se perdeu, trate te recuperar.
E se ela se perdeu, trate de encontrar.
O seu olhar deve voltar a brilhar,
E a sua risada ecoar.

Criança teimosa não vai deixar
Criança teimosa vai chegar lá.

M.Rosa