Páginas

quinta-feira, 31 de março de 2011

De Anjos Caídos, Åsa Schwarz

" Uma vida não podia ser substituída por outra. Por outro lado, um papel de parede com tinta spray é possível de se lavar, e uma central telefônica é possível de se consertar. Objetos e pessoas não podem ser comparados. A vida é insubstituível, já as coisas podem ser trocadas. 'Um homem não merece morrer por causa de suas opiniões', pensou Nova. Um homem nunca merece morrer."

sexta-feira, 25 de março de 2011

Medo

"Um não, às vezes um "não sei"
Janela, madrugada, luz tardia
E o medo nos acorda
Para e bate o coração
Em pura disritmia
O medo amedronta o medo
Vela, madrugada, dia..."

 
O choro que quer sair.
Soluços presos, grito engasgado.
Só lágrimas a escorrer pela face. Mas que não são nada com parado as que buscam liberdade.
Não, não se pode e não se quer acordar e preocupar.
É como quando se tem vontade de espirrar ou de bocejar, mas não consegue, ou prende.
Sente um pano encharcado dentro de si pedindo para ser torcido, para transbordar a água que já não suporta.
E de tanto relutar parece que este encontrou espaço na cabeça para se descarregar. E esta dói, como nunca antes.
E dessa vez não foi chocolate, foi água. Que irônico colocar mais água para dentro! Água enquanto fitava a chuva pela janela. E foi acalmando, passando...

“__ Durma medo meu”.


Os seus olhos brilhavam deixando claro a sua felicidade.
O sol também brilhava e o dia também era claro. E dentro dela era só dia.
Na noite anterior havia chovido como há muito não se via. Na noite anterior o barulho dos trovões escondia os soluços que ela não conseguia prender.
E assim a noite lhe fazia companhia.
Caía água dos seus olhos, caía água do céu.
Caiu no sono, o pranto diminuiu até cessar.
Cessou a chuva e também as lágrimas.
Ela era como o tempo e o tempo fazia companhia a ela.
Depois da tempestade veio a calmaria. Depois do inverno que havia em seu coração, veio o sol brilhando, um pouco depois da meia noite.
Tudo sabia que ela merecia ser feliz.
E agora o sol brilha e os seus olhos brilham de felicidade.
Sua risada é acompanhada pelo canto dos pássaros.
Os guarda-chuvas estão fechados, o tempo está aberto como o seu coração.
Aberto para tudo que a cerca e faz parte do seu mundo.
Para tudo que ela quer, porque possível, só simplesmente tudo.

“__ Medo, escorre entre os meus dedos
Entre os meus dedos
Eu lambo os dedos
E saboreio meu próprio medo”.

segunda-feira, 14 de março de 2011

É a vida

É verdade que extremos não são legais.
É sabido que tudo em excesso faz mal.
Por isso
“Quando você ficar triste que seja por um dia, e não o ano inteiro. E que você descubra que rir é bom, mas que rir de tudo é desespero.”
Quem nunca desejou férias intermináveis depois de muito trabalho ou estudo? Mas desses, quem nunca desejou voltar à rotina por ter sentido algo lá pelo tédio?
E assim a vida segue com momentos extremamente diferentes se intercalando.
Sorrisos depois de uma enxurrada de lágrimas, preocupações depois de um longo momento de paz...
E “opostos que se intercalam para sempre coexistirão. Geralmente a dor que nos ensina que o momento bom não é em vão”.
E cabe a nós aproveitar cada momento, porque é verdade que a vida é curta, e não importa quantos anos você tenha, você não sabe quanto tempo você tem pela frente.
E aproveitar porque viver é magnífico. E se você não acha, se não, não é magnífico, já está na hora de fazer com que seja.
E vale lembrar que cada parte e detalhes fazem o todo ser tudo.

sábado, 12 de março de 2011

De "Crepúsculo", Stephenie Meyer

“Mas esse sempre foi o meu jeito. Tomar decisões era a parte dolorosa para mim, a parte que me angustiava. Mas depois que a decisão era tomada, eu simplesmente a seguia __ em geral com alívio por ter decidido o que fazer. Às vezes o alívio era tingido de desespero, como minha resolução de vir para Forks. Mas ainda era melhor do que lutar com as alternativas.”

quinta-feira, 10 de março de 2011

Motivo


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada


Cecília Meireles

sexta-feira, 4 de março de 2011

Covarde, insano e paradoxal

Escute. É importante.
Se eu te ignoro não é porque eu sou má, ou porque realmente não me dê conta de sua presença, de sua existência. É só que eu fico sem jeito de te encarar, não vou saber o que falar, e vais me achar estranha. Eu sei, eu sei que é idiotice. Que já estou fazendo tudo ao contrário. Mas deixe-me ir aos poucos, costuma funcionar.
Não, isso não é um ensaio para o que eu vou te dizer. Ainda não percebeu que eu sou covarde? Você acha que todas essas palavras aqui seriam proferidas por mim? Para você?
Não, você também não vai ler isto. Você realmente acha que eu explicaria tudo isto para mais alguém além de mim? Não é impaciência ou egoísmo. É só que eu não acho que alguém que quase nunca falou comigo mereça explicações. Você que as buscasse por conta própria. Mas que droga! Quem você pensa que é?
Pronto. Parabéns! Conseguiu me irritar! Agora saiba que todas as vezes que eu te ignorar é porque eu não quero me irritar, é de propósito, porque eu sei, eu sei que não conseguirei suportar. Porque tem certas coisas que machucam, e aí é melhor a gente manter distância.

Maíta

quinta-feira, 3 de março de 2011

Violões que choram

Ah! Plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos.
Bocas murmurejantes de lamento.

Noites além, remotas, que eu recordo.
Noites da solidão, noites remotas
Que nos azuis da fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.

Sutis palpitações à luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.

Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem [...]

Cruz e Sousa

terça-feira, 1 de março de 2011

Escolha o que você quer que lhe suba a cabeça!

"Vive tão disperso, olha pros lados demais
Não vê que o futuro é você quem faz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça

Atribui ao outro a culpa por não ter mais
Declara as uvas verdes, mas não fica em paz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça..."


Anda. Agora. Levanta " leva a anta!". Isso! Isso mesmo, sorria. Deixe-se levar nessa gargalhada. Respire fundo. Se encare no espelho. Grite. Isso, no susto se faça acordar. Viu? Você está vivo aí. Vá percebendo os detalhes, olhe pela janela. coloque aquela velha música que tem o poder de te deixar feliz. Sonhe, sonhe. Deixe-se embalar no rítimo da música. E quando a música terminar, deixe seus pensamentos se acertarem. E aí vá. Porque sonhos não são brincadeiras de imaginar!