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terça-feira, 6 de setembro de 2011

A luz, a cor, o motivo do sorriso. O momento em que se acha o perdido.
O brilho nos olhos por um novo amor, a canção que viciou, o momento em que afinou.
Presente nas tardes de gargalhadas, era a própria tarde de gargalhadas. O barulho da manhã, a sensação de sábado. A percepção de que ainda não chegou a hora de acordar, o calendário que diz que serão três dias sem trabalho, o convite inesperado de um amigo. A paz infinita de observar o mar, a ansiedade em saber o que acontece nas próximas páginas, o banho gelado no verão. O dia em que o ônibus veio rápido e você chegou no horário, o dia em que chegou atrasada, mas nem ligou porque estava com os amigos, a hora do almoço, a hora de ir embora.
Mas não deixe ir embora, não, não deixe. Eu quero a luz, eu quero a cor, eu quero sorrir. Não quero mais perder, não quero mais olhos sem brilho, não posso viver sem minha canção, não posso perder essa afinação. Não sei mais o que são tardes sem gargalhadas, não sei mais o que não são dias bonitos. Não quero mais perder simples momentos de felicidade. Não posso deixar ir.

M.R.

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